A época mais crítica em
incêndios florestais, a Fase Charlie, que decorreu entre 1 de julho e 30 de
setembro, registou este ano uma menor área ardida comparativamente com o ano
transato.
A Rádio Campanário falou com
o comandante das Operações de Socorro do Distrito (CDOS) de Évora, José
Ribeiro, que neste momento está em condições de fazer “um balanço extremamente
positivo” daquilo que foi a campanha das duas Fases, a Bravo que começou no dia
15 de maio e se prolongou até 30 de junho e também da Fase Charlie, “que é
aquela de maior gravidade e maior número de ocorrências que se iniciou no dia 1
de julho e terminou no dia 30 de setembro”.
Segundo o comandante,
durante esse período, não se registaram nem mortos nem feridos graves, havendo
apenas “pequenas situações de bombeiros assistidos, ou feridos leves”,
situações que “não mereceram grande preocupação”.
Salienta que o número de
ocorrências “foi mais reduzido” (213 até 15 de outubro) que no ano anterior, o
mesmo sucedendo com a área ardida, em que no final da Fase Charlie, “foi
inferior aos dados do ano passado”.
Se no ano de 2015, houve uma
área ardida de “1500 hectares”, este ano, a 30 de setembro, estávamos abaixo
dos 500 hectares”.
Ainda assim este é um número
que poderá aumentar, segundo José Ribeiro, “decorrente das queimadas, mas nada
se compara aos valores que tivemos no ano passado”.
Em termos operacionais, o
comandante diz que “houve uma boa resposta dos dispositivos com grande
disponibilidade de todos os combatentes, cumprindo aquilo que são os
procedimentos e os tempos que estão definidos na diretiva e também daí podemos
dizer que foram cumpridos os objetivos”.
Durante a Fase Charlie
estiveram no terreno 220 operacionais apoiados por 40 viaturas, meios que
considera serem os necessários tendo em conta “o risco e o histórico das
ocorrências”. Tendo ainda permitido que “na fase mais critica durante o mês de
agosto e também na primeira semana de setembro, fossemos prestar apoio a outros
distritos, nomeadamente no Norte e no Centro do país”, para onde foram
mobilizados “vários grupos de combate” e ainda no grande incendio na Madeira.
Fonte: Rádio Campanário
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