A ministra da Administração
Interna defendeu hoje a necessidade de trabalhar numa estratégia de proteção
civil mais preventiva, com grande participação das autarquias, e com
sensibilização dos cidadãos para a importância dos seus comportamentos.
"Precisamos de
trabalhar numa nova estratégia de proteção civil, mais preventiva, que convoque
muito as câmaras municipais e as freguesias", disse Constança Urbano de
Sousa, realçando a necessidade de "uma atenção redobrada porque a proteção
civil não é uma missão única e exclusiva do Estado".
Esta é uma tarefa
"também dos poderes mas também passa muito pelo cidadão", já que
todos são agentes de proteção civil, segundo a governante, que falava em
Oeiras.
"Todos temos de ter
consciência que, muitas vezes, são os nossos comportamentos que provocam
situações de emergência", levando à necessidade da intervenção dos
bombeiros, acrescentou, defendendo ser "preciso começar a criar
comunidades muito mais resilientes e com muito mais consciencia do seu próprio
papel em todo o sistema de proteção civil".
Constança Urbano de Sousa
participou na sessão comemorativa do 125.º aniversário dos Bombeiros
Voluntários de Oeiras cujos responsáveis receberam da mão da ministra a medalha
de Mérito de Proteção e Socorro.
Perante este grupo dos
bombeiros de Oeiras e de representantes de várias entidades locais, na sessão
de encerramento da cerimónia, a governante realçou ainda o papel das
corporações como "pilar central e incontornável" de todo o sistema de
proteção civil, que "é complexo e convoca vários responsáveis e
patamares".
Enaltecendo a atividade dos
bombeiros voluntários, recordou que "asseguram a esmagadora maioria das
operações de proteção e socorro", incluindo a emergência pré hospitalar, o
combate aos incêndios, urbanos ou florestais, a proteção perante qualquer tipo
de adversidade meteorológica, além do transporte de doentes.
Constança Urbano de Sousa
considerou que o Governo tem reconhecido este valor com medidas concretas e
referiu o relançamento do programa financiamento da construção e requalificação
de quartéis de bombeiros, já que, "os critérios eram muito restritivos e,
em 2015, praticamente nenhuma candidatura foi aprovada".
A necessidade de um novo
quartel foi precisamente uma das preocupações transmitidas pelos responsáveis
dos bombeiros de Oeiras, já que o edifício de 1938, onde estão atualmente, já
não é suficiente para responder às suas necessidades.
Fonte: Diário Digital com Lusa
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