terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Kamov param para revisão mas Governo garante que combate aos incêndios não será afetado

Os três helicópteros Kamov operacionais vão parar este ano cerca de seis meses para uma revisão obrigatória, mas o Governo garante que o combate aos incêndios florestais no verão não vai ser afetado.

Os três helicópteros Kamov operacionais vão parar este ano cerca de seis meses para uma revisão obrigatória, mas o Governo garante que o combate aos incêndios florestais no verão não vai ser afetado.

Numa resposta enviada à agência Lusa, o gabinete do secretário de Estado da Administração Interna refere que os helicópteros pesados têm que efetuar uma revisão técnica geral, denominada “overhaul“, por terem atingido dez anos de operação e existência.

Segundo o gabinete de Jorge Gomes, esta revisão é determinada pelo fabricante russo dos Kamov e consta das características técnicas das aeronaves, que são obrigadas a efetua-la como acontece com os automóveis. Um dos Kamov vai realizar a revisão em fevereiro, estando previsto que fique parado cerca de seis meses.

Para este caso, o secretário de Estado da Administração Interna garante a sua substituição por outra aeronave com “as mesmas características técnicas”, sendo esta substituição da responsabilidade da empresa que detém a operação e manutenção dos Kamov, a Everjets.
Os outros dois helicópteros deviam parar em julho e em setembro, mas tal só vai acontecer a 15 de outubro, depois da época crítica de incêndios florestais.

De acordo com o gabinete de Jorge Gomes, já foi solicitado ao fabricante que estes dois Kamov possam operar “a coberto de uma extensão temporal” e que só façam a revisão técnica a partir de 15 de outubro.

O secretário de Estado da Administração Interna refere que este adiamento não coloca em causa “a integridade e a resposta operacional das aeronaves”.

A revisão técnica destes três helicópteros pesados não tem qualquer custo para o Estado, sendo os encargos suportados pela Everjets no âmbito do contrato em execução, adianta a resposta enviada à Lusa.

Dos seis Kamov que compõem a frota do Estado, apenas três estão atualmente aptos para voar, estando dois inoperacionais e outro acidentado, desde 2012.

O Governo promete para breve uma solução para este helicóptero acidentado, que poderá passar pela “venda, abate ou reparação”.

O Orçamento do Estado para este ano tem previsto uma verba de cerca de 10 milhões de euros para a reparação dos dois helicópteros pesados inoperacionais.

Mas o gabinete do secretário de Estado apenas refere que o tempo de reparação é de cerca de quatro meses, não avançando com qualquer data.

Estes dois Kamov já não integraram o dispositivo de combate a incêndios de 2015 e 2016. A agência Lusa tentou obter um comentário da Everjets, empresa que desde 2015 é responsável pela manutenção e operação dos Kamov, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.

Fonte: Observador

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