sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

LBP Pede Esclarecimentos Ao Governo Sobre Alterações Fiscais Para Voluntários

O Orçamento do Estado para 2017 traz novidades no enquadramento fiscal das compensações e subsídios para a atividade voluntária de bombeiro. Alterações, contudo, que não vão ao encontro das pretensões da Liga dos Bombeiros (LBP).

 Em causa está a equiparação destas atividades voluntárias, de acordo com o aprovado em dezembro de 2016, que passam, por lei, a ser igualadas a gratificações, atualmente fixado o limite em três vezes o indexante de apoios socais/ano, correspondente a 1 263,96 euros, e com uma tributação automática à taxa de 10%.

Esta mudança não gera consenso por não estar de acordo com o legislado em 2013, em que se previa isenção em sede de IRS “sobre compensações e subsídios, referentes à atividade voluntária, postos à disposição dos bombeiros pela ANPC e pagos pelas respetivas entidades detentoras de corpos de bombeiros, no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (…). A definição dada ao termo “gratificação” fica assim diluído neste conceito, sendo a “prestação ou em razão de trabalho, não atribuído pela entidade patronal, as compensações e subsídios referentes à atividade voluntária, postas à disposição dos bombeiros pelas associações humanitárias”.

Nesse sentido, em comunicado ontem emitido, a LBP fez saber que “tendo em conta as implicações relativas a esta nova disposição (…) e as obrigações relativas à Comunicação de Rendimentos e Detenções (…) foram solicitados esclarecimentos adicionais” ao Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, “quanto ao campo de aplicação, retenções e declarações obrigatórias”.

No mesmo documento, a LBP lembre ainda que por dois anos consecutivos, em 2015 e 2016, a LBP, pediu isenção de IRS em todos os serviços que integram os dispositivos de proteção e socorro da ANPC. Uma intenção que não foi acolhida pelo Governo. Foi também pedida isenção nas atividades voluntárias até ao valor máximo previsto por lei, ou seja, 2 375 euros. Outro objectivo que não teve aprovação por parte da tutela.


Jornalista Tânia Rei para o BPS

Sem comentários: