Em Beja, uma família acusa o
Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de ter acionado de forma errada
o socorro solicitado para uma vítima em risco de vida, que acabou direccionado
para uma ocorrência em Moura. O INEM assume o erro.
Ao Lidador Notícias (LN),
via mail, o Gabinete de Comunicação do INEM, assume que terá “existido um erro
na localização da ocorrência. O contactante indicou o nome de uma rua de Beja,
mas a ocorrência foi introduzido no sistema informático do INEM, em Moura”,
justificam.
O caso aconteceu no passado
dia 27 de outubro, quando a chamada foi recebida no Centro de Orientação de
Doentes Urgentes (CODU), para o socorro a um homem na Rua de Angola, em Beja,
mas, por erro, foi acionada a ambulância do INEM dos Bombeiros Voluntários e a
viatura de suporte imediato de vida (SIV) de Moura, para uma ocorrência nesta
cidade.
Luís Castilho Figueira, de
70 anos, apresentava uma ferida no peito junto ao coração, que sangrava
abundantemente. Cerca das 17,45 horas daquele dia, o filho ligou para o 112 e
após uma “troca de palavras desligaram-me o telefone na cara”, assegura Luís
Figueira, o filho da vítima. “Da trapalhada da primeira chamada resultou o
engano”, remata.
Luís fez uma nova chamada a
solicitar ajuda e quando a ambulância dos bombeiros e da VMER do Hospital de
Beja chegarem, “apesar da ocorrência ter sido localizada em Moura e não em
Beja, a ambulância de socorro chegou ao local 17 minutos após a chamada
inicial”, assume o INEM.
O LN apurou junto de fonte
dos Bombeiros Voluntários de Moura, que “a viatura do INEM e a SIV foram acionados
para a morada em causa, mas não existia nenhum doente com o nome e a patologia
indicada”, revelaram.
O caso tomou contornos
caricatos quando um bombeiro da corporação de Moura assistiu à chegada no
doente ao Serviço de Urgência do Hospital de Beja e de uma troca de palavras
com o filho da vítima, percebeu o “erro em que a corporação estava envolvido” e
informou os seus superiores do que se estava a passar. Posteriormente foi
recebida uma chamada do INEM a dar conta do erro e do pedido de suspensão do serviço.
Na resposta às questões
colocadas pelo LN, a coordenadora do Gabinete de Comunicação do INEM assegura
que “após ter conhecimento da situação, desencadeará os procedimentos que
permitam averiguar com rigor o sucedido e tomar as medidas consideradas necessárias”,
rematam.
O filho e a mulher de Luís
Castilho Figueira, que ainda continua internado, mas livre de perigo de vida,
ponderam acionar judicialmente o INEM pelo erro que podia ter custado a vida ao
seu familiar.
Teixeira Correia - Lidador
Noticias
(jornalista)
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